No segundo dia da audiência da Guarda Costeira dos EUA sobre o trágico incidente do submersível Titan, uma nova revelação chocante veio à tona: o fundador da OceanGate, Stockton Rush, esteve no centro de um incidente preocupante em 2016. Naquela ocasião, Rush estava no comando do submersível Cyclops 1 e ignorou alertas críticos de segurança, conduzindo o veículo de forma imprudente e colidindo com os destroços da embarcação naufragada Andrea Doria, ao largo da costa de Massachusetts.
Imagem: Reprodução/Pelagic Research Services/Guarda Costeira dos EUA
David Lochridge, que na época era responsável pelas operações marinhas da empresa, detalhou o pânico que se instaurou durante o incidente. Segundo Lochridge, Rush entrou em desespero e questionou se havia suporte vital adequado a bordo, além de se preocupar com o tempo que levaria para uma equipe de resgate chegar ao local. Enquanto os passageiros assistiam apreensivos, Lochridge tentou acalmar Rush e pediu que ele entregasse os controles do submersível. Em um acesso de frustração, Rush arremessou o controle contra Lochridge, atingindo-o na cabeça, um ato que levantou sérias dúvidas sobre sua competência como piloto.
Lochridge também criticou as políticas da OceanGate, que permitiam que civis sem experiência significativa pilotassem submersíveis após apenas um dia de treinamento. Essas práticas estão em linha com as alegações de ex-funcionários e especialistas da indústria, que descrevem uma abordagem apressada e negligente sob a liderança de Rush.
A investigação do trágico acidente do Titan, que resultou na implosão do submersível durante uma expedição ao Titanic em junho de 2023, está em andamento. A Guarda Costeira dos EUA está trabalhando para identificar as falhas que levaram à tragédia. As conclusões oficiais serão divulgadas ao governo dos Estados Unidos somente após a conclusão do processo investigativo.
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